Toda nós sabemos que fumar faz mal à saúde. Certo? Apesar de muitos tentarem pôr fim ao terrível hábito, poucos conseguem cumprir a tarefa com êxito. Os pesquisadores têm percebido que certas pessoas estão geneticamente predispostas a ter dificuldade em parar de fumar. Além disso, os tratamentos à base de nicotina – como os adesivos – não englobam um aspecto crucial do hábito: o gesto implícito. Neste sentido, o cigarro eletrônico pode revelar-se uma alternativa popular para quem quer deixar de fumar. Os usuários continuam inalando doses de nicotina vaporizada a partir do dispositivo alimentado por bateria, contudo, os níveis cancerígenos associados ao vapor do cigarro eletrônico representam cerca de uma milésima dos do fumo do cigarro convencional.
A experiência diz que estes dispositivos ajudam realmente os fumantes a pôr fim ao vício. No entanto, há poucos esforços da ciência no apoio a esta reivindicação e os aparelhos não são regulamentados como medicamentos. Isto, porém, pode estar prestes a mudar. A empresa inglesa CN Creative está reunindo esforços para começar a vender cigarros eletrônicos como medicamentos – prepara-se para apresentar o seu produto, Nicadex, às autoridades reguladoras para aprovação no Reino Unido. Caso seja aceito, será o primeiro dispositivo disponível com prescrição médica. Ao mesmo tempo, os resultados de dois novos estudos a este respeito serão divulgados ainda este ano. O primeiro engloba 300 fumantes de Itália. Trata-se do seguimento de um outro estudo em que 22 de 40 fumantes conseguiram, depois de seis meses, deixar de fumar ou reduzir o seu consumo em mais da metade, por via dos cigarros eletrônicos. As conclusões desta análise mais ampla estão “em linha com as divulgadas no pequeno estudo piloto”, disse o pesquisador Riccardo Polosa.
Curiosamente, um grupo de fumantes que usou o cigarro eletrônico sem nicotina também revelou quedas significativas no consumo de tabaco. “Esse declínio sugere que a dependência do cigarro não é apenas uma questão de nicotina, mas também de outros fatores envolvidos”, disse o pesquisador. Falamos de alívio do stress ou ações que incitam os fumantes a pegarem no cigarro. Um outro estudo que envolve 657 pessoas na Nova Zelândia coloca os cigarros eletrônicos em comparação com os adesivos de nicotina. O trabalho irá ainda compartilhar algumas informações sobre os efeitos colaterais dos cigarros eletrônicos. Apesar do otimismo envolto neste tema, ele exige o que é comum a qualquer outro tratamento de dependência: aconselhamento. A BecomeAnEX.or, com 270 mil membros com acesso a um fórum, e muitas outras organizações presentes no mundo online já ajudam a aprender a viver sem cigarros. E o leitor, já recorreu aos cigarros eletrônicos como meio para deixar de fumar?
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